quarta-feira, 1 de setembro de 2010

E se eu falasse mais serio, acreditar seria mais facil?

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Ser a favor da Dilma Rousseff exigiria de mim um estômago que não tenho, ser contra, por outro lado, é uma questão de princípios. Como estudo a indústria cultural, tenho plena consciência de como esta longa campanha deixou o povo sem escolha nenhuma. Não que eu goste do Serra, ou que eu ache que bom mesmo seria a Marina, isso também seria ir contra toda minha geração, que já não confia mais em nenhum político. Porém a Dilma me aterroriza. Lhes esclareço:

Do começo da campanha para cá, ela já apareceu em várias capas de revista, é ouvida e citada como se já tivesse sido eleita, o Lula, que é quem a colocou no palanque, fez até um filme, provavelmente visando uma futura reeleição, a qual com certeza, infelizmente, ele venceria. Até câncer ela teve. Seu câncer me deu a certeza absoluta que ela já tinha sido eleita e que não havia nada que qualquer pessoa mais esclarecida pudesse fazer, criar a comoção geral é a ferramenta mais antiga da propaganda, um estudante do primeiro ano de publicidade poderia pensar nisso, porém as revistas, jornais e a televisão não fizeram a menor questão de serem discretos quanto ao seu interesse em colocá-la no poder.

Contata-se isso por que, mesmo que não façam propaganda aberta pela candidata, seu nome e seu rosto permanecem no imaginário da população, a qual, muito pouco instruída em sua maioria, não guarda pequenos detalhes do que lê ou ouve, portanto, o nome de Dilma, a palavra câncer, e o nome do Lula, permanecem ligados, fazem inúmeras livres associações dentro do cérebro de cada brasileiro, por mais distraído que seja, e criam uma sensação de falsa intimidade, o que leva, finalmente, ao voto.

Mas sua campanha não se bastou nisso. Ontem eu parei no canal da globo, estava passando o horário eleitoral, que por mais deprimente que seja, é engraçado, claro que o eleitor gosta, já que ele se sente um palhaço normalmente, pelo menos alguns governantes assumem que são palhaços também. Puro marketing, os partidos colocam personagens - repito, personagens, figuras, caricatos – para que o número do partido fique na cabeça do eleitor. Poucos pensam em se eleger pelo debate, boas promessas de campanha e fidelidade com seu eleitorado. Não é a toa que os publicitários brasileiros estão muito bem premiados.

Depois disso começou a novela Passione, a qual eu estava assistindo pela primeira vez. Quando notei um nome conhecido: Dilma.

Era o nome de uma das personagens da novela.

Antes de eu expor minha indignação, devo explicar que repetir um nome de uma marca, como por exemplo, coca-cola, faz com que as pessoas mantenham essa palavra na cabeça e optem por ela dentro de várias opções. São estratégias utilizadas por varias grandes empresas, como Nike, Coca-Cola, McDonald, Ford, Volkswagen, etc. E como pode-se constatar, são marcas de muito sucesso no mercado. A relação que faço a provável futura presidente é que desta mesma estratégia se utiliza a novela da Globo ao colocar o nome dela em um dos personagens, o que, por estranha ironia, ainda não vi ninguém contestar.

Insatisfeitos com apenas isso, seu nome é o único, comprovadamente, que é repetido em quase todos os diálogos que a envolvem, não existe outra personagem em que isso fica tão claro.

O perigo mora nisso, a população geral não tem consciência disso, mas Dilma Rousseff esta sendo, neste exato momento, imposta para todos, dentro de uma campanha que nada tem de justo ou democrático. É o primeiro sinal da violência velada que tirar a escolha do individuo fazendo uma lavagem cerebral, vote no que eu escolhi para você.

Um comentário:

  1. OI, nossa, muito bom hein...

    acredito no mesmo que vc!!

    o blog também ta ótimo, quase todo dia eu to lendo agora

    rsrsrsrs

    parabéns!!

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