terça-feira, 24 de maio de 2011

Para que eu nunca me esqueca


Porque esta serenata eu nao encontrei em lugar nenhum
E minha mae cantava para eu dormir (e eu nunca dormia)

O menina, por favor abre a janela
venha ver a noite eh bela
e eu canto pra voce
laia laia laia laia laia
Boa noite, boa noite meu bem
a serenata que eu faco
eh pra voce e mais ninguem
laia laia laia laia laia

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Paquepaque pruanpran prum
Tiquelatucutucutucutu
bererem bem bum
Si fa
fala metu ca


Travieru

Corte
Rapido
Rapideira
Ghardieasno

ssiames
ssiantodsaeoda

ekflafie
bororom bororom

Piquetuca
piquetuca

mara
mara

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Salva novamente por um pouco de poesia e filosofia


Apenas porque ele disse exatamente o que eu precisava ouvir sobre minhas dores de amor.



LXX. DA CARIDADE

Se se pudesse dar, indefinidamente,
Mas sem, do que se deu, nada perder, em suma,
Ainda assim, muita gente
Nunca daria coisa alguma...


LXXI. DAS PENAS DE AMOR

É só por teu egoísmo impenitente
Que o sentimento se transforma em dor.
O que julgas, assim, penas de amor,
São penas de amor-próprio, simplesmente...


LXXII. DO OBJETO AMADO

Impossível que a gente haja nascido
Com os encantos que um no outro vê!
E um belo dia se descobre que
Houvera apenas um mal- entendido...


LXXIII. DA REALIDADE

O sumo bem só no ideal perdura...
Ah! quanta vez a vida nos revela
Que "a saudade da amada criatura"
É bem melhor do que a presença dela...


LXXIV. DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu, agora - que desfecho! -,
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixa
De lembrar que te esqueci?


[Mario Quintana; Espelho Mágico, 1945]

Psiquiatra - sobre o amor e a amizade
Apenas um trecho de todo o cafe filosofico

Vergonha


Era uma vez uma moça que não sabia cantar

Disseram que tinha a voz muito feia

Depois disseram que ela era uma feiticeira

Acenderam uma fogueira

Se ela cantasse, ela seria de Deus

Ela não cantou

Morreu, carbonizada

Seus pais não a reclamaram, ela provara ser feiticeira

E eles não assumiriam uma filha feiticeira

São Pedro, ao recebê-la, perguntou:

Filha, por que não cantastes? Ao menos seus pais lhe reclamariam

Vergonha, Seu Santo, Vergonha.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A arte eh um bicho saci


Meu professor diz que para fazer poesia eh preciso pensar poesia
racionalizar poesia
nao escrever sobre o sentimento no momento do sentimento
mas depois, com calma, com malicia,
massageando as palavras enquanto as leva, distraidas, para um trampolim, nas quais elas caem como num abismo, assustadas e pela metade
preenchendo o papel

Outro professor por ai,
disse que para salvar o mundo, soh o governo,
os atuantes,
e nosso estudo, nossa pesquisa,
eh toda feita para ajudar essas pessoas que possuem poder para salvar o mundo

Ai vem a TV, com pessoas correndo felizes e emocionando
utilizando um produto,
e falando sobre o amor ao mundo, a Terra
aos seus semelhantes

Ai meu pensamento entorta a cabeca, e parte em divagar:

A arte sacaneou, estavamos todos suspirantes por ela
quando ela nos deu um susto, um enorme bu
Ao comecarmos a suspirar por ela novamente ela se entorta toda
como a fazer careta
Ofendidos, passeamos mais desconfiados no seio da arte
entre nos os mais sensiveis,
captaram as novas belezas na careta e no susto da arte
Ai ela, saci que eh, nao se conformou
Causou logo o estranhamento, o asco, o esquisito, o comum demais
Ai ruiu com os pobres gregos, justo eles!

Depois de aceitarmos que a arte eh um bicho saci, caprichoso que possui vida propria
Ela, que estava bem ali, do ladinho de Deus, do divino e de todos os seus anjinhos
pulou, atrevida
atrevidissima
ofensiva
diria mais
arrogante!
Ela pulou, vejam soh
no colo da entidade maxima do homem de hoje
Deus e Diabo, para os sensiveis, (justo eles)
Linda, gorda, trouxe tudo de volta
aquele prazer de olhar para ela
de comer, lamber, saborear a arte
e no centro dela
como uma agulha dentro da almofada de umedecer os dedos
um objeto
um algo qualquer
que teremos que ter